quarta-feira, 17 de março de 2010

Alquimia




Aprendi
Nada sei
Não há nada a dizer
Nada posso
Nada há por fazer
Nada tenho
Nada pra guardar

Nada a ver
Nas cores de um mundo irreal
Nas dores de um pobre ser mortal
Que está vivo
Ou vive a sonhar

E a vida
Nesse ponto de partida
Encontrar
No engodo a saída

Entendi
Ser a sombra de um ser ideal
Ter assombro do abismo do abissal
Vendo o infindo fim de um litoral

Transformar
Em ciência a essência primordial
Água em vinho
Fogo em fé
Homem em sal
Pedra em ouro
Ouro em graal

E a vida
Desse ponto de partida
É fazer de encontro a despedida

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