segunda-feira, 15 de outubro de 2012

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terça-feira, 24 de julho de 2012

Aeroplano Piloto








Num tapete de luzes
Um mosaico neon
Desenhado no chão
Vejo um grande avião

Aeronave que plaina
Muitos tons sobre tons
Aeroplano que voa
Sobre outro avião

Um projeto moderno
Pelas mãos do arquiteto
Entre curvas e retas
Inspiram o poeta
Encantam os olhos
De quem pode ver

Pilotos na terra
Usam lápis e papel
Comandantes no manche
Alçam voos no céu
Assim nasce a cidade
Da visão de Dom Bosco
Sob as asas de Deus
Criação de bom gosto

Aeronave que toca o solo
Com leveza sem par
Criação sem igual
Que nos faz viajar
Aterissa seu corpo leve
Sobre um piso traçado
De um plano sonhado
Pelas mãos do arquiteto
No planalto cerrado
Avião de concreto




  Aeroplano Piloto by Joao Marinho Junior

domingo, 22 de julho de 2012

Valsa Vadia



Canção
Tão leve e vadia
Que fez da noite
O seu dia
Irradia 
A minha, tua luz
Tua valsa
Pluma me conduz
À dança
À vida
À esperança
Viajar
Por teus lugares
Por caminhos
Que mostrares
Pela trilha
Que me fez sonhar
E tocar
O dom de se fazer
O som que faz nascer
O meu cantar




  Valsa Vadia by Joao Marinho Junior

sábado, 21 de julho de 2012

Saudade


Hoje bateu a saudade
Em minha porta
Pra dizer
O que me falta esquecer

E pôs o dedo nessas feridas
Que nunca cicatrizam
Pra conter
A sangria da dor

Daquilo que vivi
Que senti, que amei
Eu chorei, disse adeus
E deixei para trás
A paz

Hoje nasceu outro dia
Não posso mudar
O que já passou
Mas amanhã talvez
Possa olhar o que fiz
E não me arrepender
Possa ser de verdade
O que eu era na saudade

Hoje eu fiz
Dessas cordas, coração
Pra escrever
A carta do meu perdão


domingo, 15 de julho de 2012

Luz dos Olhos




Sopra o vento
Do meu canto
A canção
Meu bem querer

Passatempo
Um alento
Passo aqui
Só pra te ver

Luz dos olhos
Meu fascínio
Traz o fogo 
Teu domínio 

Não repara 
Teu vigia 
Que embriaga 
De poesia 

Mas contempla 
A melodia 
Desses versos 
Simetria 

Teu jardim 
De Burle Marx 
Meu Buarque 
Tom Jobim 

Tua luz 
Do sol roubaste 
E espelhaste 
Para todos 
Para mim 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Mãos



Mãos

(João Marinho/Deni)

As minhas mãos nas tuas mãos
As mãos do mundo inteiro
Em nossas mãos
Mãos que semeiam
Que segregam
Mãos que norteiam
Que interpretam
Mãos que disparam
Mãos que seqüestram
Mãos que amedrontam
Que libertam
Mãos que passeiam
Mãos de fada
Mãos que penetram
Mãos são tão feias
Tão bonitas
Mãos tão prudentes
Atrevidas
Mãos são presentes
São esculpidas
São de chegada
São de partida
Mãos são de adeus
São de regresso
Mãos são pedaços
De universo

As minhas mãos nas tuas mãos
As mãos do mundo inteiro
Em nossas mãos
Há mãos que nunca se entrelaçam
Umas se dão
Outras se abraçam
De ilusionistas
De cartomantes
De curandeiros
Democratas
De pensadores, ditadores
Terroristas
De senadores
Deputados
Vigaristas
As mãos de todos os artistas
De escritores
Poetisas
As mãos que agridem
Também afagam
Ora permeiam
Oram, indagam
As mãos de Deus
De toda sorte
De vida e morte
Mãos de Rodin


domingo, 1 de maio de 2011

Crônica





Foi assim
Como tudo começou
Um jardim
Paraíso
Nosso amor
E eu quis
Te mostrar
Tudo o que eu
Sabia
Deste céu
Deste por de sol
Desse dia

Decidi
Investir
Inventar
Um lugar
Pra nós dois
Onde é eterno
Agora
Sem além
Sem depois
Mas eu vi
Desmanchar
Tudo o que eu
Queria
Sem sequer
Alcançar
Outro dia